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domingo, 24 de abril de 2011

Criança, a alma do negócio.


Este documentário aborda como as crianças tem sido alvo da publicidade na televisão, como sofrem forte influência e são estimuladas a consumir cada vez mais. Suas infâncias vêm sendo roubadas por produtos do mercado e os reais valores de um cidadão estão sendo invertidos por elas.
É um documentário longo, mas que vale a pena ser visto. No youtube está dividido por partes, aqui foi postado somente a primeira. Se for preferivel ver tudo de uma vez, acesse este link.

Fazendo Arte

Por enquanto nosso blog tem abordado apenas pontos negativos da televisão na infância e com certeza abordaremos muito mais. Mas por que não citar também programas construtivos para as crianças?
É possível encontrar muitos programas educativos, dentre eles, acho muito interessante aqueles que procuram desenvolver a criatividade da criança e seu lado artístico.

Tal como o Mister Maker do Discovery Kids. Este tem sido um pouco criticado por alguns pais e professores por não utilizar muitos materiais recicláveis e sim materiais caros.
Mas isso pode ser reinventado também. Tomo como exemplo meus trabalhos escolares de quando era criança, enquanto a professora pedia para que comprássemos cartolina, eles eram todos feitos em caixas de papelão como as da
C&A. Bom, mas para todo caso há ainda o programa da Disney, que se utiliza desses artifícios, o Art Attack.
Por Raquel Miraglia.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Como formar criminosos?

 
De Rodrigo Correia

Violência na TV estimula a agressividade nos meninos.


Os meninos de 2 a 5 anos que vêem desenhos animados violentos ou esportes de contato na televisão têm mais probabilidade de ficar mais agressivos ou desobedientes quando mais velhos, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira pela revista médica Pediatrics.
"Descobrimos que quanto mais violenta é a televisão vista por meninos pré-escolares, é mais provável que tenham comportamento anti-social, como agir agressivamente, desobedecer ordens e se meter em confusões na idade escolar", afirmou Dimitri Christakis, principal autor do estudo. "Os desenhos animados são os principais culpados", acrescentou.
"A maioria dos pais acha que os desenhos animados não são ameaçadores para seus filhos porque, afinal, não são reais e são divertidos. Mas a verdade é que as crianças pré-escolares não distinguem entre a fantasia e a realidade de maneira que o fazem as crianças mais velhas e os adultos. Para eles tudo é bem real".
"Precisamente porque a violência dos desenhos animados visa a ser divertida e mostra a violência sem conseqüências reais - mesmo que as pessoas explodam pelos ares, fiquem chamuscados um segundo e depois voltem à normalidade - transmite mensagens errôneas sobre os efeitos da violência no mundo real", explica Christakis.
Os meninos pequenos parecem ser os mais sensíveis a este tipo de influência. Nem as meninas menores que vêem programas violentos nem os meninos que foram expostos a programas não-violentos ou educativos mostraram a mesma agressividade mais adiante em sua vida, segundo os pesquisadores do hospital para crianças de Seattle (Washington, noroeste).

Transtornos causados pela televisão nas crianças

Por Pablo Zevallos
Dificuldades de concentração e a TV

"Nosso estudo sugere que os pais deveriam tomar medidas para limitar o número de horas que seus filhos assistem televisão”, declarou por correio eletrônico, Bob Hancox, diretor do estudo, da Universidade de Otago (Nova Zelândia).
Segundo os resultados apresentados na revista médica Pediatrics, as crianças que vêem menos de duas horas à televisão por dia na infância, não aumentam seu risco de sofrer transtornos de atenção na adolescência. Mas a partir da terceira hora, o risco aumenta cerca de 44% por cada hora adicional que se passa cada dia diante da TV. “Os efeitos foram especialmente encontrados em crianças que assistiam à TV mais de três horas diárias”, destaca Hancox.
Crianças pequenas que passam mais de duas horas por dia assistindo à televisão correm duas vezes mais risco de desenvolver asma, de acordo com um estudo britânico publicado na revista de medicina respiratória Thorax.
Os cientistas dizem, contudo, que o problema se deve menos à TV em si e mais ao estilo de vida sedentário ligado ao hábito de assisti-la.
O estudo da Universidade de Otago (Nova Zelândia), se baseou em 1.037 meninos e meninas, que foram examinados a cada dois anos desde os cinco aos quinze anos como marco da pesquisa sobre desenvolvimento infantil e saúde.
Entre outras perguntas, pediu-se aos pais e crianças que dissessem quanto tempo assistiam televisão. Para avaliar se sofriam algum problema de déficit de atenção, perguntou-se aos menores, assim como aos seus pais e professores, se somente conseguiriam manter-se atentos durante um tempo anormalmente curto, se tinham uma baixa capacidade de concentração ou se distraíam com facilidade.
Por exemplo, fizeram perguntas como: “Quando alguém fala contigo, custa prestar atenção a ela?”; “Ocorre com frequência começar os deveres e não terminar?”; “Você custa fazer os deveres se existem ruídos, ou algum tipo de atividade física na casa?”.
Estudos anteriores detectaram que o abuso da televisão na infância implica em problemas de déficit de atenção mesmo que ainda cursem o primário. Mas nenhum grande estudo havia analisado até agora se esses problemas perduravam até a adolescência. “Nossos resultados indicam que os efeitos da televisão sobre a capacidade de atenção são duradouros”, afirma Bob Hancox. Esses efeitos a longo prazo, foram comprovados em jovens que reduziram as horas de televisão antes de chegar ao ensino médio, mas os que apresentavam problemas relacionados com o abuso da TV na infância, se mantiveram.
Os pesquisadores alertam contra o costume de algumas famílias de ligar a televisão para que as crianças fiquem tranquilas, por exemplo, na hora do café da manhã. “A esses pais eu lhes diria que tratem de reduzir as horas diante da TV”, declara Hancox. “Além de tudo, as crianças conseguiam se entreter durante milhares de anos antes que a televisão fosse inventada”.